janeiro 23, 2011

FILMES/DEI PLAY!
Enrolados (Tangled)


A Disney parece ainda meio que perdida, e não sabe onde se encaixar, digo, em que estilo de animação ela continua apostando os seus clássicos. Tentou resgatar suas raizes com "A Princesa e o Sapo", mas não teve lá a repercussão que desejava - o filme é legal, mas faltou algo, um certo afeto da equipe talvez. Agora decidiu apostar seu mais novo conto de fadas, a história da Rapunzel e sua cabeleira sem fim (sério gente, haja Kolene!) em animação 3D, dirigido pela dupla Byron Howard (responsável por Bolt: Supercão) e Nathan Greno (responsável pelo curta de Bolt, "Super Rhino").

Claro que a Disney sacudiu a Sininho por cima da trama, que foi adaptada pra não ficar tão densa que nem a original dos irmãos Grimm. Não tem pais trocando a pequena Rapunzel com a bruxa por uma fruta e nem príncipe cego. Mas a essência do conto está lá, ó sem spoiler: Rapunzel é raptada ainda criança por uma bruxa chamada Mãe Gothel (que fato se inspiraram na Cher), e aprisionada durante toda sua vida numa torre. Gothel é bastante velha e precisa sempre dos poderes dos cabelos loiros da Rapunzel pra ficar mais jovem, mas a mesma nem desconfia que está sendo usada por sua "mãe". Até que um dia, um ladrão chamado Flynn Rider, numa tentativa de fuga, acaba achando essa torre, e conhece Rapunzel, que na altura do campeonato já está subindo pelas paredes, doida pra sair daquele puxadinho, e bater perna pelo mundo! Então através de um acordo, ele decide tirá-la dali, mas ambos começam a ser perseguidos pela Gothel, o que acaba gerando várias reviravoltas!

Não achei que o filme chega aos pés de Toy Story 3, mas está na lista dos preferidos por vários fatores! A equipe de arte se preocupou e conseguiu passar perfeitamente os traços das animações clássicas para o formato tridimensional, e isso cativa o telespectador que cresceu com clássicos tipo A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Aladdin e outros. Os cenários são tão mágicos e épicos, com florestas, castelos, vilas, tudo bem construído e desenhado. O roteiro foi bem adaptado, deu margem para várias cenas de aventura, sacadas cômicas geniais, personagens cativantes, e um romance bem descontraído entre os protagonistas. A trilha sonora do veterano Alan Menken ficou linda, e suas músicas se encaixaram tão bem nas cenas, tão bem interpretadas, ainda mais nas cenas da vilã! Me senti assistindo um musical da Broadway, sério! Uma delícia, já baixei a trilha, e viciei!

Claro que, como boa parte das coisas que chega nesse país lindo vem com algum defeito, tiveram que cagar feio no maiô na dublagem de Enrolados. Não sei quem teve a brilhante ideia de colocar o apresentador Luciano Huck fazendo a voz de Flynn! Mas só sei que essa pessoa merece uma surra bem dada e depois um banho de sal grosso! Ficou HORRÍVEL! Tá que foi pra chamar atenção para o filme, mas... OI?! Me sentia desconfortável, e a todo momento parecia que eu ia ouvir ele falando "Lar Doce Lar", "Soletrando"... não cola, não rola, sorry! Repetindo as palavras do @urbano01 no seu blog: Disney, não faça mais as celebridades se prestarem a esse papelão. Cada profissional na sua área. O profisisonal que merecia estar ali e receber bem por um trabalho que domina, ficou de fora. A dublagem original é feita pela cantora e atriz Mandy Moore e pelo ator Zachary Levi (da série Chuck) - um abismo de qualidade!

Parece que a Disney acertou dessa vez, e tudo que faltou em A Princesa e o Sapo conseguiram transferir para Enrolados - aquela verdadeira sensação de conto de fadas. E como fã de desenho animado, meu medo é que as animações tradicionais usem pó de flu sem retorno, pra sempre! Mas fica a dica, Enrolados é excelente, leva nota máxima! 


TRAILER

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