março 08, 2010

Filmes vistos


All About Steve (Maluca Paixão)


Depois de fazer o sucedido "A Proposta", Sandra Bullock bebeu água de merda e topou fazer este "All About Steve" - a única desculpa que posso aceitar é a do fato dela ver que Bradley Cooper estava também no elenco, na realidade fazendo par com ela, pois esse filme foi massacrado no circuito americano, sendo considerado o pior filme do ano! O filme é ruim, e peca numa das coisas que eu mais odeio num filme, ou seja, começa com um gênero e termina com outro. A personagem da Sandra está insuportável, não há a menor química entre ela e Cooper, os personagens secundários parecem que foram postos sem o menor propósito, nada no filme em si te prende - a não ser que, você seja fã da Sandra ou do Cooper, e esse foi meu caso. Só assisti até o final por causa deles dois como atores. No filme, uma jovem excêntrica (Sandra) e viciada em palavras cruzadas fica convencida de que um cinegrafista da CNN é o amor da sua vida, persegue o rapaz por todo o país na esperança de que ele acredite que os dois foram feitos um para o outro. Não considero o pior filme de 2009, tô querendo achar um que consiga bater "Grace" e "Halloween 2". Tem nego falando que a atuação dela foi horrível - revendo bem, nem foi, não é culpa dela se o filme foi uma merda! Mas é óbvio que em "The Blind Side" ela se encaixa bem melhor.


Nota: horrível - FRACO - regular - bom - ótimo



The Blind Side (Um Sonho Possível)



Sandra Bullock tava sumida por um bom tempo, aí veio "A Proposta" que fez um grande e merecido sucesso de bilheteria. Depois as amigas invejosas de plantão deram água de ebó pra ela beber e isso acabou fazendo com que ela quase entrasse no buraco de novo com "All About Steve". Mas isso não foi o suficiente pro tombo da atriz, que foi erguida novamente para interpretar um dos seus papéis mais significativos e reconhecidos da sua carreira. O filme é baseado no livro "The Blind Side: Evolution of a Game" que relata a mudanca radical na vida de Michael Oher, um garoto negro, abandonado pela família, desabrigado que foi amparado por uma família branca que acreditava em seu potêncial, transformando-o em um dos maiores jogadores de futebol americano na época. A trama real é boa, envolvente, não tem um apelo dramático, sendo tudo muito bem medido na hora e na cena certa, tem atores cativantes (até o cantor country mais gostoso dos EUA, Tim McGraw, está no filme, pra mim ficou irreconhecível em seu papel), uma interpretação que Sandra Bullock deve ter tirado do fundo do cooh (após ter perdido em "All About Steve") - e não é atoa que ele veio ganhando a maior parte das premiações, e obviamente a favorita ao Oscar. O filme mereceu todo destaque que vem tendo, vale muito a pena conferir no cinema.

Nota: horrível - fraco - regular - bom - ÓTIMO



The Box (A Caixa)


No início dos anos 60 surgiu a telessérie "Além da Imaginação" que na realidade eram episódios com contos de ficção científica e terror. E um desses contos, chamado "Button Button", falava sobre um casal que passa por dificuldades financeiras até que um certo dia encontram na porta de casa uma caixa com um bilhete com a seguinte descrição: se eles apertarem o botão que abre a caixa, eles ganharão 100 mil dólares imediatamente, mas por outro lado, alguém que eles não conhecem irá morrer. "The Box" foi exatamente baseado nesse conto, sendo que ao invés da caixa ser achada na porta, um homem misterioso (interpretado por Frank Langella), que faz a oferta ao casal (Cameron Diaz e James Marsden). O filme começa como um ótimo suspense, acertando no clima de mistério, prendendo a atenção e tal, porém chega a um certo momento que você automaticamente acha que terá algumas respostas, mas nada acontece. O filme continua a se atolar na maluquice e cenas sem sentido e explicação na maior parte, e isso meio que me cansou um pouco. O filme é válido, mas veja não esperando muito da trama.

Nota: horrível - fraco - REGULAR - bom - ótimo



Law Abiding Citizen (Código de Conduta)


Indo direto ao ponto: se o filme fosse história real, a tragédia raiz do filme poderia ter sido resolvida apenas por um simples "olho mágico" - sim aquele de porta, mais qual seria?! (maldosos...). Clyde (Gerard Butler) tem sua casa invadida e presencia a morte de sua mulher e sua filha. Já que não basta tal desgraça, ele ainda é obrigado a ver um dos criminosos se safar por causa de um acordo feito com um promotor pilantra (Jamie Foxx). A partir desse momento, Clyde decide fazer a vingança com as próprias mãos: tanto pro criminoso foragido quanto pro sistema "errado" de pena criminal. O filme tem um clima de vingança tão contagiante, que tinha momentos em que eu sentia como se fosse algo pessoal (oi?). Fora que ver como Clyde apronta suas armadilhas é genial demais, e Gerard Butler, claro, nunca é demais. Não é spoiler o que vou mencionar, mas uma das cenas do filme me deu um susto tão grande que acho que foi o pulo mais alto que dei do sofá, e já faz tempo que algo não me choca assim. O filme de fato vale 2 cliques pra baixar (alocka incentivando... tsc tsc).

Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo


Thirst (Sede de Sangue)


É isso aí... MAIS "vampiro" sendo empurrado pela garganta do povo - mas dessa vez valeu a conferida, pena não ter sido! Thirst retrata uma versão fora do que conhecemos sobre vampiros, nada de morcegos, dentes afiados. Na realidade, o padre Sang-Hyeon se cansa de orar pelas pessoas que o procuram por causa de uma doença, e prefere partir pra outros meios, ou seja, ele decide achar uma cura ciêntífica pra doença, e se oferece pra ser cobaia do experimento, mas a coisa não sai como ele pretendia. A substância da cura faz efeito reverso no seu corpo. A partir desse momento, ele é obrigado a se alimentar de sangue, ou a doenca no seu corpo começa a piorar, praticamente um elixir da juventude temporário.

No desenrolar, ele se apaixona por uma conhecida de infância que ao ceder o memso tipo de sentimento, acaba descobrindo sobre o estado dele, e tenta de qualquer forma virar "vampira" também. O filme é interessante por abordar uma visão nova, é interessante pelo conteúdo erótico e violento muito bem colocado no ponto certo, porém o ponto fraco dele é a sensação de ser MUITO longo por causa das muitas cenas que eu consideraria "extras", e que nem fariam tanta diferença se fossem deletadas. Finalizando, "Thirst" é bom, mas seria ótimo se fosse mais curto e direto ao ponto.

Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo



The Time Traveler's Wife (Te Amarei Para Sempre)s


Tái um ótimo filme de romance que se destaque da maioria do gênero pelo fato de ter na sua fórmula um pouco de ficção científica. A trama conta as dificuldade de Henry (Eric Bana), que sofre de uma mutação genética rara quando criança, e isso faz com que ele consiga viajar no tempo a qualquer momento - digo, ele não tem controle, quando menos espera, ele pode estar no passado ou no futuro. Nessa viagem ele tem seu destino cruzado com Clare (Rachel McAdams), se apaixonam, e acabam casando. No entanto, esse casamento se torna extremamente complicado, pelo fato de Henry nunca ter controle sobre seu "dom", e sempre desaparecer em momentos importantes como, por exemplo, no exato momento da lua de mel.

O legal do filme é que ele está sempre juntando as peças, ou seja, o Henry do presente desaparece bem no meio de um jantar com a mulher, e do nada chega o Henry do futuro, com o cabelo um pouco grisalho, tentando tapar a ausência do mesmo. Esse tipo de jogo torna o filme muito interessante com o passar dos minutos, e é claro que vai haver algum tipo de conflito pra movimentar a história. São mais de uma hora e meia de filme, mas por causa dessas mudancas de cenários de uma forma tão corrida, o filme parece ser eternamente longo, não que isso seja algo negativo, ao contrário. "The Time Traveler's Wife" é um dos filmes de romance mais legais e emocionantes que eu já vi, sem ser grudento e enjoativo - não me arrependerei de ter o filme enfeitando minha coleção.

Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo


Brothers (Entre Irmãos)


Apesar do infeliz título em português, "Brothers" faz de uma certa forma, uma acusação a qualquer tipo de guerra - ou seja, ela muda uma pessoa tal que as evzes fica impossível a recuperação.
Tobey Maguire interpreta Sam, um fuzileiro naval casado com Grace (Natalie Portman), com quem tem duas filhas, e é chamado pra guerra no Afeganistão. Jea na guerra, Sam sofre um acidente com o helicóptero, é capturado, e logo com seu sumiço é dado como morto pela tropa, e a família dele é comunicada da tragédia. Grace e as filhas são acolhidas por Tommy (Jake Gyllenhall), ex-detento, e também irmão de Sam. Quando Sam consegue fugir do cativero, ele retorna pra casa, cheio de "cicatrizes psicológicas" da guerra, de todo sofrimento e tortura que passou na mãos dos afeganistães. Ele começa a desconfiar de tudo, não consegue dormir porque qualquer barulho já deixa ele apavorado e alerta, fica desconfiado de todos, até da própria família - e aí que entra o conflito "base" do filme: Sam passa a desconfiar que seu irmão teve algum caso com Grace em sua ausência.

Mas voltando ao início - pelo meu ponto de vista, o filme levanta a questão "as vezes vale a pena ir pra guerra, com orgulho, defender algo que pode te fazer voltar com a vida destruída, e ainda destruir a da sua família?". É complicado. Dramalhão bom, e vale a pena ser visto, fato!

Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo


Sherlock Holmes



Pelo que andei lendo, "Sherlock Holmes" teve uma crítica meio dividida: uns acharam uma adaptação coerente, com belas atuações, e outros não se conformaram com a garimpada "atual" no personagem, e não acharam o filme tão envolvente quanto os livros. Eu não cheguei a ler todos os romances de Sherlock ainda, mas pelo que eu li achei que o filme foi muito bem adaptado, e não me incomodei nem um pouco com a nova versão. Para quem é fã do detetive, creio eu que o filme não deixou muito a desejar, pois Richie soube colocar todos os elementos dos livros, por exemplo, o jeito como Sherlock chega detalhadamente a suas pistas, cenas meramente tiradas de livros (como em "Um Estudo em Vermelho"), onde Sherlock persegue a carruagem disfarçado, personagens secundários como a camareira, Lestrade, Adler e até o cachorro cobaia.


A única coisa que notei que foi total modificada foi o tipo de tratamento que Sherlock tinha com Watson, aquele jeito arrogante, superior que nota-se no livro. Já no filme, Richie trocou isso por um laço forte entre os dois, vindo com muito mais "força" de Sherlock pra Watson, como se fosse um tipo de flerte, de posse, uma coisa meio gay - que Richie parece impor dessa vez muito sutilmente. Se você já viu RocknRolla sabe do que estou dizendo, já que nesse filme o fator homoerótico era gritante! O motivo desse lado tenso de Richie, não sei meeeeeeeesmo de onde vem.

Uma pena o filme já começar com Sherlock e Watson já conhecidos. Agora é esperar pela sequência, que provavelmente é confirmada no filme, pelo fato do inimigo nº1 do detetive nos livros, o professor Moriarty.


Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo



Up In The Air (Amor Sem Escalas)


Eu tenho SIM implicância com "Juno", mas tento não deixar isso interferir no que eu vejo quando tem alguém que participou da produção desse filme uó. Tanto que vejo "United States of Tara" e "Jennifer's Body", que tem roteiros da Diablo Cody. Já com "Up in The Air", fiquei com um certo receio, pelo fato dele ter tido uma certa exaltação na mídia, como se fosse queridinho de qualquer premiação que estava por vir. Eu gostei do filme, bastante - até cagarem feio, interrompendo a promisa deliciosa e original do filme com uma romance "pão-com-ameixa" nada a ver.

Ryan (George Clooney) é pago para ficar viajando pelos Estados Unidos na função de demitir funcionários das empresas em crise. Ele não tem nenhum apego a sua família desustruturada, não tem nenhum tipo de relacionamento que o prenda, ou seja, o emprego perfeito para alguém que não gosta de ter laços e compromisso com nada, a não ser ele mesmo. Quando uma funcionária nova chamada Natalie (Anna Kendrick) chega a empresa e estabelece uma forma de reduzir os gastos da coorporação, e tempo dos funcionários - pois assim eles poderão passar mais tempos com suas famílias - através de demissão via videoconferência, Ryan se vê sem saída de fugir da vida pacata de ficar em casa. Então ele tenta provar pro seu chefe que há benefícios em continuar com o mesmo esquema de demissão cara-a-cara, e força Natalie a acompanhá-lo em suas viages, pra perceber como é a realidade de seu trabalho. Nessa viagem, eles tentam conviver com suas diferenças, pois ela é total contrária dele, ela gosta de família, e ele gosta de estar só.

Seria perfeito se o filme fosse só eles dois, cada um aprendendo com o outro durante esse plano de demissões em massa que é algo muito complicado e sensível. Até que decidem colocar a personagem da atriz Vera Farmiga pra estragar tudo. Ryan a encontra num aeroporto e descobre que ela tem o mesmo tipo de trabalho que ele, se pegam, e passam a se encontrar sempre que podem, mas nada de comprometimento. Esse tipo de romance acaba de vez com o que o filme de início promete vender, não sai do lugar, e não leva o filme a lugar nenhum. Parece que fizeram um roteiro até a metade do filme, não sabiam como continuar e focaram em outro, e não sabendo como continuar, voltam pra trama inicial, mas aí já era tarde demais, e fazem um final que poderia ter sido MUITO melhor. Enfim, é um filme bom, pela excelente primeira parte, e pela maravilhosa trilha sonora.

Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo


The Hurt Locker (Guerra ao Terror)


Ééééééé... também não entendo o bafafá por trás desse filme - é bom, mas não isso tudo que as pessoas têm comentado, aliás, pra mim, essa exaltação pelo filme começou de um boca-boca causado pelos familiares da diretora Kathryn Bigelow, isso sim. A trama é simples: desarmadores de bomba na guerra do Iraque, que tem como foco o soldado William (Jeremy Renner) e seus conflitos internos com ele mesmoe seu vício declarado por guerra. Simples assim. Tá, tem o fator político, o que quero dizer com isso: aquela dica amiga deixada pra refletir sobre a irresponsabilidade do governo americano diante do conflito - mas é aquilo, meucu pra isso!

O filme tem cenas interessantes, como os primeiros minutos de abertura, em que vemos Guy Pierce fazendo aquela atuação básica - ou melhor, aquele bico safado que deve ter caido na conta dele com o valor de 100 reais - a cena em que William desarma a bomba do carro, e a do tiroteio no deserto, fora isso, se não fosse o jeito de bandidão "dou só na cara" do Jeremy Renner, eu já estava no 3º ronco. Ok, não sou muito fã de filme de guerra, poucos me prenderam a atenção, e me fizeram bater palmas, mas que fique claro: o filme pra mim é normal, não vi nada "óóóóhhhh" que mereça tal destaque no circuito cinematográfico, mas também está longe de ser ruim. Observação: tem uma cena, quando William "brinca/briga" com seus colegas no quarto, com um toque homoerótico bem bacana. Sabe como é né... Além da questão política, Kathryn Bigelow reforça delicadamente um assunto também bafônico. TENSO!

Nota: horrível - fraco - REGULAR - bom- ótimo



Avatar


Tem um bando de gente caindo em cima do filme só porque o roteiro dele é super rodado, e já foi comparado até com "Pocahontas" da Disney.Tem gente que só de ouvir os outros falarem mal nem vão conferir. Eu acho que as pessoas se deixaram levar pela excesso de divulgação do filme - que na realidade vendia tanto a tecnologia empregada no 3D quanto nos efeitos especiais misturando o real com virtual - e as pessoas foram seduzidas e embarcando num trem que apitava "vai ser foda!", ou "será o melhor filme do ano!".


Aí eu fui ver o filme (sem ser 3D), e sim, concordo com os mais sentidos, que se dizem "decepcionados", quando dizem que o roteiro é ruim porque é uma cópia de Pocahontas. Mas e daí?! Contanto que a coisa seja bem feita e divirta, qual problema tem? O filme é simplesmente lindo, cenas de ação maravilhosas, efeitos fantásticos, paisagens fictícias lindas de morrer, divertidíssimo, o que esse povo quer mais???? Cato um pouco de despeito, isso sim! - é claro que o filme peca no roteiro, mas os pontos positivos sobressaem muito mais!


Apenas duas pessoas merecem destaques nesse filme: Sigourney Weaver e Sam Worthington, já Zoe Saldana só dubla praticamente a personagem dela. Fiquei até feliz de ter minha machona preferida Michelle Rodriguez, fazendo o melhor papel que ela sabe fazer sempre. Fora isso não lembro de outros destaques maiores, pelo fato da maior parte do elenco ser feito no computador.


Resumindo, Avatar é um bom filme, e vai impressionar os que vão ver com o coração aberto, eque sabem valorizar uma boa diversão. Uma pena eu não ter visto 3D, não deu, tava tudo esgotado por semanas. Mas esse filme merece ser visto em bluray logo quando sair, fato!!


Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo



Where Are The Things Are (Onde Vivem os Monstros)



Maurice Sendak lançou um livro infantil super curto chamado "Onde Vivem os Monstros", que conta as aventuras do menino Max, que ao se comportar bizarramente mal durante um jantar, é mandado pro quarto de castigo pela mãe. E de castigo, ele começa a imaginar um mundo, um reinado só dele. No filme, não sei porque, distorceram algumas coisas e tornaram o filme tudo, menos infantil.


Ao ser gongado pela mãe durante o jantar, Max simpesmente foge pela porta no meio da noite, correndo pela rua deserta até chegar numa espécie de pier. Lá, ele entra num barco a remo e vai pra bem longe... tão longe que ele vai parar num lugar habitado por enormes seres medonhos (mesmo!!), que de início o tratam como se fosse seus melhores amigos, como se ele fosse o rei do local. Mas com o tempo Max pede controle do seu reinado com suas atitudes egoístas e começa a criar desavenças entre os monstros do local, que acabam se vontando contra ele.


Primeiro: tornaram Max a criança mais mimada, violenta e insuportável do mundo - ele chega até a morder a própria mãe quando ela tenta repreende-lo pelo abuso causado durante o jantar.

Segundo: em momento alguém o filme deixa claro que Max ficou de castigo e que estava imaginando um "mundo novo".

Terceiro: os monstros habitados no mundo novo são super medonhos - ok, eles tentaram adaptar do livro, mas passaram do limite na bizarrice, tanto na maquiagem/fantasia como na dublagem. Se alguma criança ter pesadelo com o filme, não seria novidade.

Quarto: o livro é super curto. Em menos de 3 minutos você lê ele todo. Já o filme passa de 1h30min, com cenas redundantes, de mau gosto, desnecessárias, e insuportável as vezes, com Max sendo egoísta e causando desavenças entre os seres do local.

Quinto: o filme não consegue passar moral, lição e cabimento nenhum no final pra criança e adulto nenhum. Parecendo mais um filme dos irmãs Coen, onde você tem que adivinhar, criar ou supor o fim da trama.


Filmezinho muquirana, me enganou pelo trailer. Lição aprendida!


Nota: horrível - FRACO - regular - bom - ótimo




The Lovely Bones (Um Olhar no Paraíso)


Do diretor da trilogia de "Senhor dos Anéis", "King Kong", e produtor de "Distrito 9", Peter Jackson agora tenta mais um hit, que pra mim tentou se inspirar em "Amor Além da Vida" - aquele filme com Robin Williams, que tem efeitos lindos, se não chegar a uma obra de arte cinematográfica. Só que com "The Lovely Bones", Jackson até que consegue uns efeitos dignos de sua talvez e possível inspiração, mas peca na costura do roteiro.


A trama se passa no início dos anos 70, quando Susie Salmon, uma adolescente de mais o menos 14/15 anos morre assassinada por seu vizinho quando voltava do colégio. A partir desse momento, sua alma (se assim posso dizer) passa a viver num mundo surrealista, como se fosse algum tipo de "local de espera" pro céu ou inferno. E nesse mundo ela consegue ter um certo tipo de contato com os vivos, e tenta ajudar seus pais a descobrir o seu assassino, e impedir que faça uma nova vítima. Lembrando que o filme dá a entender que nos anos 70 as pessoas eram meio inocentes pra esse tipo de situações, digo, elas não tinham tanta malícia pra perceber algumas intenções maldosas, como essa que fez Susan ser assassinada.


Jackson conseguiu passar muito bem a sua visão desse mundo paralelo onde tudo é composto por cores berrantes, onde objetos enormes se fundem com montanhas e mares, onde contrastes entre "bem" e "mau" são mais que nítidas, paisagens surrelistas espetaculares (que na tela do cinema deveria ter ficado perfeito) que ajudam muito a entender o desenrolar e o clima da trama. O elenco principal é formado por Rachel Weisz, Mark Wahlberg (pais de Susan), a sumida e fantástica Susan Sarandon (avó de Susan), Stanley Tucci (o assassino) e Saoirse Ronan (Susie), que por sinal fazem muito bem seus papéis, porém é uma pena esse elenco não ter sido muito aproveitado, porque o filme perde tempo bastante com coadjuvantes sem importância no roteiro que insistem em tomar tempo na tela e acabam chegando a lugar nemhum de maior importância - exemplo, o namoradinho relâmpago de Susan e a garota "vidente".


É um filme que deve ser conferido sim pela construção conceitual desse mundo em que Susan vive antes de seguri rumo ao seu destino pós vida - fora isso não vai impactar tanto.


Nota: horrível - fraco - REGULAR - bom - ótimo



Adam



Sessão da tarde com Rose Byrne e Hugh Dancy - Beth (Byrne) é uma escritora que acaba de se mudar pra um apartamento novo e acaba sendo vizinha de Adam (Dancy) que é um astrônomo portardor da síndrome de Asperger e que acabou de perder o pai. Essa doença na realidade faz a pessoa inocentemente perder a noção do limite estabelecido em conversas, ter dificuldade de interação social, e muitas vezez perder o auto-controle. Ao se conhecerem, ela se torna amiga de Adam e ambos começam a criar um relacionamento íntimo, e logo em seguida começam a namorar. Sendo que esse namoro será dificultado pelo preconceito familiar dela, o que consequentemente resultará em atitudes meio descontroladas e até agressivas de de Adam.


É um filme bonitinho, simpático que tem dois atores muito carismáticos e não tão conhecidos assim, pelo menos por aqui: eu conheço a Rose Byrne atualmente da série Damages (que passa na Fox americana), onde também realiza um ótimo papel. Antes disso não lembrava dela em outros filmes. Já o ator Hugh Dancy, que pra mim faz o estilo nerd que é uma graça e super combinaria na série "The Big Bang Theory", fez alguns filmes, sendo o último "Os Delírios de Consumo de Beck Bloom".


O filme merece aquela conferida pelo roteiro simpático que, apesar da sensação de já ter visto algo parecido em outro lugar, prende pela situação da doença de Adam que é desconhecida por muitos ainda. Como disse no início, sessão da tarde bonitinha.


Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo



An Education (Educação)



Pra mim, todas as garotas deveriam assistir esse filme pela mensagem que ele passa - independência. Seja sentimental, financeira, profissional...

Na década de 60, Jenny (Carey Mulligan) é a melhor aluna da classe, dedicada e decidida, tem pais que a incentivam demais nos estudo. Um dia chuvoso, ao sair da escola sem guarda-chuva, ela é abordada pelo playboy e charmoso David (Peter Sarsgaard) e também mais velho, que está em seu carro e oferece carona a jovem até em casa. A partir desse momento, os dois passam ter mais e mais encontros. Ele mostra pra ela toda a diversão e glamour da noite londrina, dos bares noturnos, das viagens... toda sedução que uma garota da idade dela não esperaria passar.


Quando ela se dá conta, seus planos pro futuro, sua vida acadêmica está sendo destruída, e aí ela se questiona "porque eu devo passar por essa fase, essa vida parada e sem graça, quando eu posso ter toda diversão do mundo, viajar pra lugares lindos, beber dos melhores vinhos, escutar das melhores músicas, com um cara lindo e charmoso?". A partir desse ponto que a coisa fica crítica e vai se desenrolar num ponto decisivo na vida de Jenny.


Eu gostei porque fala exatamente algo que sempre penso... não depender de ninguém... não dá pra evoluir sendo rêmora o tempo todo. Mas voltando, o filme é um ótimo pedido, conduzido super bem por atores super capazes, desde a jovem e super talentosa Mulligan, até o seu pai, interpretado pelo ator Aldred Molina. Vejam!


Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo



Dorian Gray (O Retrato de Dorian Gray)



O romance de Oscar Wilde é um tema que já foi retratado várias vezes anteriormente, como assunto principal ou secundário, e já foi comparado até aos vampiros pela sua imortalidade. Assim como no conto, Dorian (Ben Barnes) é um jovem tímido e belíssimo da alta-sociedade e que tem seu retrato pintado por Basil Hallward. Sendo levado pela influência de um amigo chamado Lord Henry (Colin Firth), Dorian passa a ser arrogante e egoísta ao extremo e super narcisista. Quando ele percebe que sua pintura por Basil retratou o que ele tinha de mais bonito, ele deseja que o quadro envelheça mas que a beleza dele sempre continue como foi retratado. Esse desejo de Dorian acaba se realizando, porém vários fatores trágicos vão acontecendo como resultado desse "pacto".


Eu não vou com a cara do Ben Barnes, deve ser porque eu odiei "As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian", no qual ele faz o Caspian. Além do filme ter sido um fracasso, ele é um péssimo ator. E em Dorian Gray não foi diferente - se não fosse por Colin Firth o filme seria um fracasso total - por outro lado, o figurino e a fotografia são bem caprichadas. As cenas de sedução de Dorian também são interessantes mas muito mal interpretadas, o ator não sabe passar muito bem o que o personagem pede. Barnes fica com um ar de passiva, de que "entorta prego" o filme todo, aí não rola né. Além de Firth, a atriz Rebecca Hall, de "Vicky, Christina e Barcelona" dá um close no filme, e uma pena que foi um talento desperdiçado (novamente), ela só aparece um pouco mais da metade pro final, e sai como principal.


Dorian Gray na realidade, não traz nada de novo das tentativas de filmes anteriores, apenas novos rostos e uns efeitos, mesmo que pequenos, a mais. É um filme regular, que merece ser visto entre a "Tela Quente" e o "Corujão".


Nota: horrível - fraco - REGULAR - bom - ótimo




Inglourious Basterds (Bastardos Inglórios)




Tarantino, Tarantino, Tarantino! Simplesmente amo seus filmes! E com "Bastardos Inglórios" não foi diferente. Dessa vez o diretor brinca sem dó com os clichês nazistas, tornando, como sempre, o plano sanguinário, exagerado e cômico que o diretor sabe fazer de melhor. O filme na realidade tem dois focos que se unem no mesmo plano: uma judia foragida que tenta vingar a morte dos familiares, e um grupo de judeus comandado pele tenente Aldo Reine - os "Bastardos Inglórios". Juntos e ao mesmo tempo separados na trama, eles têm o mesmo objetivo - dar o troco na mesma moeda aos nazistas.


O filme tem ótimas jogadas com referências dos quadrinhos, como nomes de introdução em popups, rabiscos pela tela indicando algo e coisas do tipo, também tem aquele clima de vingança teatral que acho fantástico, parecido com o de "Kill Bill" e "Planeta do Terror", tem sangue, muito sangue (dãããã!), a comédia é dosada e na hora certa, inclusive até em cenas que parece uma catástrofe (como a do cinema). Só sei que eu ria-ria e ria. Simplesmente genial! Os atores foram muito bem escolhidos (não ééééaannnnn?!), Brad Pitt, Eli Roth, Michael Fassbender, Christoph Waltz, Til Schweiger combinam perfeitamente bem na tela - pena alguns terem sido mal aproveitados - esse é o ponto fraco de filmes com muita gente.

Vale a pena ver e rever, porque diverte e muito!


Nota: horrível - fraco - regular - BOM - ótimo

4 comentários:

Ag@ta_lu disse...

nossa, quantos filmes vc ve por dia? gostei muito das criticas. vc vai fazer um pós oscar nao?

billboya disse...

Gostei de sherlock, avatar e amor sem escalas. o restante nao vi ainda. mas gostei das criticas.

Anônimo disse...

Tenho um comentário a fazer sobre o filme Where Are The Things Are.
Penso que esse filme não foi feito para crianças, embora o livro seja uma historia infantil o filme ja nao e para crianças, já que e um filme para se pensar, não e o tipo de filme que você assiste e pronto a historia já esta toda desvendada. Necessita um pouco de cérebro.
Os animais na realidade são os conflitos internos do garoto, o próprio Eu dele.
Ou seja, todo momento ele esta lutando contra seus conflitos pesoais, medos, egoismo, ira, bondade, etc.
Confesso que no primeiro momento Tb não gostei do filme, já que esperava uma historinha infantil, mas a mensagem do filme e mais surreal do que pensamos e precisa muita sensibilidade para entender a mensagem, já que ela e codificada atrás dessas criaturas conflitantes, que no final das contas não passam dos defeitos e qualidades presentes em todos os seres humanos.

Estou te Esperando disse...

Tenho um comentário a fazer sobre o filme Where Are The Things Are.
Penso que esse filme não foi feito para crianças, embora o livro seja uma historia infantil o filme ja nao e para crianças, já que e um filme para se pensar, não e o tipo de filme que você assiste e pronto a historia já esta toda desvendada. Necessita um pouco de cérebro.
Os animais na realidade são os conflitos internos do garoto, o próprio Eu dele.
Ou seja, todo momento ele esta lutando contra seus conflitos pesoais, medos, egoismo, ira, bondade, etc.
Confesso que no primeiro momento Tb não gostei do filme, já que esperava uma historinha infantil, mas a mensagem do filme e mais surreal do que pensamos e precisa muita sensibilidade para entender a mensagem, já que ela e codificada atrás dessas criaturas conflitantes, que no final das contas não passam dos defeitos e qualidades presentes em todos os seres humanos.

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